Esta tarde, ao ouvir meu pianista favorito tocar, o francês
Satie, ocorreu-me um pensamento: por que
eu me sentia tão atraído por música como se fosse uma criança que sofre de
depressão? Sabemos dos
efeitos curativos que a música tem sobre as crianças e adultos, mas foi isso? Minha especialização é o piano, desde
os tempos de academia. Antigamente,
na Europa Oriental, onde eu nasci e cresci antes de sair para a universidade, ninguém
tinha o conhecimento do impacto que a música tinha e tem sobre os jovens que
sofrem de doenças mentais, como a depressão, por exemplo. Eu nem sequer sei porque muitas vezes
me senti tão triste por nenhuma razão. Lembro-me
claramente que toda vez que estava desanimado ou pra baixo, como constantemente
era atraído para o piano. Aos
nove ou dez anos comecei a perceber que tocava melhor quando estava sentindo
essa sensação terrível e estressante de vazio dentro de mim. O que é importante é que, enquanto
meus dedos corriam pelas teclas de madeira deste receptor e doador que é o
piano, sentia-me aliviado e tudo fluía. Eu
não estava ocioso, porque eu tinha que estar atento aos próximos acordes (um artista não pode poupar muita
atenção para a próxima página ou pensar em acontecimentos de ontem, porque ele
perderia a presente nota). Completamente
consciente de cada harmonia, eu toquei por horas enquanto cada nota permitia-me
estar conectado ao presente momento. Essa
é a verdadeira essência da atenção plena. Foco
significa estar envolvido em qualquer atividade, seja tocando o piano,
desenhando, dançando, correndo ou praticando Yoga, com total consciência de
cada movimento, cada respiração, etc. Esta
completa consciência do momento presente cria uma conexão perfeita entre a
mente e o corpo. Sem
dúvida, a atenção plena é transformadora para alguém que sofre de ansiedade ou
depressão, se praticado diariamente, uma vez que acende a lâmpada de
conscientização sobre o pensamento espiral descendente. O resultado é que
ficamos capazes de perceber padrões de pensamento, antes que seja tarde demais e
dessa forma tratar de focar no que realmente é bom para nós (e todos nós temos
sido vítimas de maus pensamentos em algum momento, ou quando alguém diz algo
doloroso para nós, enfim, isso faz com que a memória nos leve a um monte de
outras imagens e sentimentos que nos causam esses transtornos). Se você sofre
de depressão ou falta de concentração e, muitas vezes encontrar-se ansioso,
estressado e em busca de algumas maneiras de lidar com isso no seu dia-a-dia,
aqui estão três práticas que lhe ajudarão a administrar melhor essas questões:
1. 10 minutos de “Café da
manhã egoísta”
Eu chamo essa técnica "egoísta", porque não implica falar com ninguém, verificando seu telefone celular ou lendo o jornal, nem sequer ter uma conversa na mesa durante uma refeição. Se você costuma tomar café da manhã com sua família, informe-os com antecedência para que possa ser deixado em paz, num momento só seu. Observe a velocidade que você come sua comida. Mastigue bem, talvez até mesmo feche os olhos e veja quais sensações surgem, permitindo aos seus sentidos desfrutar desse momento ao focar na aparência, textura e sabor de seu alimento.
Eu chamo essa técnica "egoísta", porque não implica falar com ninguém, verificando seu telefone celular ou lendo o jornal, nem sequer ter uma conversa na mesa durante uma refeição. Se você costuma tomar café da manhã com sua família, informe-os com antecedência para que possa ser deixado em paz, num momento só seu. Observe a velocidade que você come sua comida. Mastigue bem, talvez até mesmo feche os olhos e veja quais sensações surgem, permitindo aos seus sentidos desfrutar desse momento ao focar na aparência, textura e sabor de seu alimento.
2. Limpeza da “atenção plena”
Enquanto for lavar pratos ou varrer o chão, observe o movimento do seu corpo: os seus braços e dedos. Como está a sua postura? Observe o sentido de tato entre as mãos e os utensílios, o espaço entre eles, a maciez da esponja, etc. Se a mente divagar e você esquece onde deixou a vassoura – tudo bem, é isso mesmo! Você ter notado isso é o primeiro passo para viver conscientemente. Por fim, traga sempre de forma muito gentil, a sua consciência de volta para a tarefa em mãos.
Enquanto for lavar pratos ou varrer o chão, observe o movimento do seu corpo: os seus braços e dedos. Como está a sua postura? Observe o sentido de tato entre as mãos e os utensílios, o espaço entre eles, a maciez da esponja, etc. Se a mente divagar e você esquece onde deixou a vassoura – tudo bem, é isso mesmo! Você ter notado isso é o primeiro passo para viver conscientemente. Por fim, traga sempre de forma muito gentil, a sua consciência de volta para a tarefa em mãos.
3. Caminhe meditando
Caminhar meditando é uma das práticas mais antigas para trabalhar a atenção e foco. Mesmo que algo tome seu tempo, isso não quer dizer que você precisa estar sempre com pressa. Observe o chão que você pisa ao caminhar, quando você der cada pequeno passo, sinta o chão a partir do calcanhar até os dedos do pé. Depois de dominar essa técnica, você pode incorporar isso em sua vida diária, especialmente quando você está se sentindo estressado. Uma vez eu estava atrasado para uma reunião e não poderia mesmo cessar os meus pensamentos sobre o que eu iria apresentar uma vez que chegaria mesmo tarde na reunião. Então, eu comecei a sentir e testemunhar esses passos rápidos, ainda firmes e de repente senti algum alívio e num piscar de olhos, minha mente ficou serena. A chave para ter uma mente mais calma é colocar em prática aquilo que aprendemos nas aulas de Yoga, levando além das salas de prática as técnicas respiratórias, meditativas, mentalizações, etc... para pôr em prática na nossa vida diária, no trânsito, no trabalho, nos relacionamentos afetivos e em tudo quanto mais pudermos. A grande notícia é que nada pode dar errado, não há certo ou errado quando se trata de trabalhar com a mente, apenas mente contra mente. Sem julgamento. Apenas testemunhando. Miles Davis, meu outro compositor e músico favorito, uma vez disse: "Não são as notas que você toca; são as notas que você não toca". Se pudesse dizer algo para você seria:
Caminhar meditando é uma das práticas mais antigas para trabalhar a atenção e foco. Mesmo que algo tome seu tempo, isso não quer dizer que você precisa estar sempre com pressa. Observe o chão que você pisa ao caminhar, quando você der cada pequeno passo, sinta o chão a partir do calcanhar até os dedos do pé. Depois de dominar essa técnica, você pode incorporar isso em sua vida diária, especialmente quando você está se sentindo estressado. Uma vez eu estava atrasado para uma reunião e não poderia mesmo cessar os meus pensamentos sobre o que eu iria apresentar uma vez que chegaria mesmo tarde na reunião. Então, eu comecei a sentir e testemunhar esses passos rápidos, ainda firmes e de repente senti algum alívio e num piscar de olhos, minha mente ficou serena. A chave para ter uma mente mais calma é colocar em prática aquilo que aprendemos nas aulas de Yoga, levando além das salas de prática as técnicas respiratórias, meditativas, mentalizações, etc... para pôr em prática na nossa vida diária, no trânsito, no trabalho, nos relacionamentos afetivos e em tudo quanto mais pudermos. A grande notícia é que nada pode dar errado, não há certo ou errado quando se trata de trabalhar com a mente, apenas mente contra mente. Sem julgamento. Apenas testemunhando. Miles Davis, meu outro compositor e músico favorito, uma vez disse: "Não são as notas que você toca; são as notas que você não toca". Se pudesse dizer algo para você seria:
Viva uma vida consciente,
a fim de ver o quão rico e maravilhoso é o mundo ao redor. Experimente tudo, as
notas tocadas e não tocadas. Seja um observador de suas ações e as pausas
naturais entre elas.
fonte: yogitimes
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